sexta-feira, 25 de maio de 2012

6x14 - Era quase um museu...

Temporada 6, episódio 14 – Era quase um museu...

Nos episódios anteriores...
“Todos os dias, de segunda à sexta-feira, eu faço o mesmo caminho para ir ao trabalho. (...) Algumas coisas conseguem me chamar à atenção e, uma delas, é a ortografia apresentada em anúncios, redações escolares, placas e afins. Em certa manhã percebi que aquela simpática casa da esquina havia se transformado em uma singela loja de antiguidades. Admirei a genialidade do proprietário (...), mas a placa ao lado era mais cômica: “Tudo para o seu cavalo: do fucinho (sic) ao rabicó”. Assim foi, dia após dias, meus olhos açoitados pelas belas placas e suas grafias impecáveis, até o dia em que eu tomei coragem e comentei com o senhor, dono do lugar, sobre o tal erro. “Senhor, bom dia. Não pude deixar de reparar que a placa daquela carroça, lá da frente, contem um erro: sítio é com ‘s’, e não com ‘c’” – comentei com ele. Aquele senhor me olhou por dois segundos, deu uma risadinha marota e respondeu: “Interessante, mas aquilo te chamou a atenção, certo?”. Afirmei com a cabeça e ele finalizou, batendo o indicador na cabeça como sinal de astúcia: “Então consegui o que eu queria! Tudo faz parte do plano!”.”

Já não passo mais a pé pela lateral da BR-116 como fazia antigamente. A passagem agora é mais rápida, devido ao ônibus. Numa noite em casa, em um desses momentos de estalo mental, pensei: “o que será que aquela loja de velharias tem anunciado em suas placas extravagantes?”.
No dia seguinte fiquei atento para conferir as publicações da loja que era quase um museu, mas ao passar pela simpática casa da esquina fui surpreendido com uma placa que, confesso, não gostei muito: “Aluga-se”. “Aluga-se”, como assim? O que houve com a lojinha do senhor de sorriso maroto que acreditava que os erros de português chamariam a atenção da clientela? A lojinha, com todas as suas peculiaridades históricas e ortográficas, entrará para as estatísticas do SEBRAE. Era quase um museu. A tentativa foi válida ao inventar um nome mirabolante para uma casa que vendia objetos antigos.
Infelizmente não saberei se os erros de grafia naquelas placas eram de propósito ou se tratava apenas de erros inocentes de um senhor que mal concluíra o curso primário.

sexta-feira, 18 de maio de 2012

6x13 - Por que tão cruel?

Temporada 6, episódio 13 – Por que tão cruel?

Muitas vezes não paramos para pensar e valorizar no esforço que as pessoas fazem para te animar e arrancar um sorriso. Uma piada, uma historia real engraçada, caretas... Estamos tão rodeados de nossos problemas e conflitos que acabamos não percebendo que a nossa cara fechada poderia ser facilmente quebrada se simplesmente deixarmos.
Está certo: ficar de cara amarrada é um direito de todo mundo. Todos têm momentos em que se é testado a paciência ou que se fica magoado com alguém. Não seria egoísta de nossa parte acreditar que também não podemos magoar as pessoas? Não que não seria egoísta achar que somos os únicos seres dotados de sentimentos nesse Universo? Será que as outras pessoas, na preferência da harmonia, não abdicam de algumas coisas, não relevam situações. Por que ser tão cruel com as pessoas que nos rodeiam?
Lidar com sentimentos não é fácil, tão pouco lidar com pessoas cujas variações sentimentais são extremamente visíveis. Por que ser tão cruel com pessoas que aceitam isso tudo, em troca de harmonia?
Você não é a única pessoa que batalha nesse mundo. Você não é a única pessoa que se frustra nesse mundo. Você não é a única pessoa que se magoa. Você também não é a única pessoa que sofre sem motivos. Todos batalham, se frustram, se magoam e sofrem sem motivo. Por que ser tão cruel com a gente mesmo?
Todos precisam de apenas um motivo para inverter sua polaridade. Por que se é cruel com pessoas, sem ao menos dar o devido direito de resposta?


“Você, apontou minhas falhas novamente.
Como se eu já não as visse
Eu caminho com minha cabeça baixa
Tentando me proteger porque eu nunca vou impressionar você
Eu só quero me sentir bem de novo.

Eu aposto que você foi intimidado,
Alguém te fez ser tão frio
Mas o ciclo termina agora
Você não pode me levar por esse caminho,
Você não sabe, o que você não sabe

Algum dia, eu vou viver em uma grande e velha cidade
E você será simplesmente mau.
Algum dia, eu serei grande o suficiente para você não me atingir
E você será simplesmente mau.
Por que você tem que ser tão mau?”