domingo, 24 de novembro de 2013

ANDRÉ™ [7x01 - Recomeçar]

ANDRÉ™ 
Temporada 7, episódio 1 - Recomeçar





É hora de recomeçar. De fazer o levantamento daquilo que sobrou após um período que mesclou calmaria e turbulência. Se de um lado ganhou-se experiência, do outro desgastou relações. Recomeçar não necessariamente precisa ser partindo de um estrago ou de uma tragédia, mas pode-se, sim, partir de uma montanha para alçar voos maiores, ambições maiores e, porque não dizer, conquistas maiores. Depois de uma temporada de quase dois anos, que não irei me atrever a contar hoje, é possível traçar um gráfico que pontue os pontos de um amadurecimento pessoal. 

O convívio com pessoas que não se possui laços sanguíneos se resume a surpresas, tanto positivas como negativas. Embora seja um desafio árduo, a experiência que se adquire aprendendo a dividir as suas coisas, mesmo as imateriais, proporciona resultados que não durão por semanas ou meses, mas sim para uma vida. Ouvir "sins" e "nãos" faz parte, da mesma forma que faz parte filtrá-los do "sim" útil do inútil, assim como o "não" válido do não válido. Posso dizer que o recomeço, com o perdão do trocadilho e da redundância, se começa levantando o que se aprende.

Assim como também há o lado amargo, pois recomeçar pode significar, também juntar aquilo que sobrou após inúmeras tormentas para dar início a uma nova história, onde se deseja um final diferente. 

Quem sabe recomeçar seja pegar a pouca dignidade que lhe resta, somar com a vergonha na cara e dizer: fui um tremendo idiota? Juntar os cacos e seguir em frente, mas sem deixar de olhar para trás. Quem sabe recomeçar é reconhecer que a história vivida não foi apenas regada de péssimos momentos? Quem sabe recomeçar não é se respeitar? Ou se sacrificar?


Afina, o que é recomeçar para você?

quinta-feira, 27 de setembro de 2012

Houston, we have a problem... (Blogsode #21)

Aumentando a frota!



     Foi comunicado oficialmente por uma fonte interna, e de segurança, que a empresa Wendling está adquirindo o ônibus espacial Endeavor dentro das próximas semanas. O ônibus espacial está em suas últimas missões pela NASA. O ônibus espacial Endeavor fará a linha Dois Irmãos-Nova Petrópolis.



segunda-feira, 16 de julho de 2012

Sétima temporada!

Está confirmado! Final de 2013 inicia a sétima  temporada, com episódios inéditos de "Andre, The Serie".

sexta-feira, 25 de maio de 2012

6x14 - Era quase um museu...

Temporada 6, episódio 14 – Era quase um museu...

Nos episódios anteriores...
“Todos os dias, de segunda à sexta-feira, eu faço o mesmo caminho para ir ao trabalho. (...) Algumas coisas conseguem me chamar à atenção e, uma delas, é a ortografia apresentada em anúncios, redações escolares, placas e afins. Em certa manhã percebi que aquela simpática casa da esquina havia se transformado em uma singela loja de antiguidades. Admirei a genialidade do proprietário (...), mas a placa ao lado era mais cômica: “Tudo para o seu cavalo: do fucinho (sic) ao rabicó”. Assim foi, dia após dias, meus olhos açoitados pelas belas placas e suas grafias impecáveis, até o dia em que eu tomei coragem e comentei com o senhor, dono do lugar, sobre o tal erro. “Senhor, bom dia. Não pude deixar de reparar que a placa daquela carroça, lá da frente, contem um erro: sítio é com ‘s’, e não com ‘c’” – comentei com ele. Aquele senhor me olhou por dois segundos, deu uma risadinha marota e respondeu: “Interessante, mas aquilo te chamou a atenção, certo?”. Afirmei com a cabeça e ele finalizou, batendo o indicador na cabeça como sinal de astúcia: “Então consegui o que eu queria! Tudo faz parte do plano!”.”

Já não passo mais a pé pela lateral da BR-116 como fazia antigamente. A passagem agora é mais rápida, devido ao ônibus. Numa noite em casa, em um desses momentos de estalo mental, pensei: “o que será que aquela loja de velharias tem anunciado em suas placas extravagantes?”.
No dia seguinte fiquei atento para conferir as publicações da loja que era quase um museu, mas ao passar pela simpática casa da esquina fui surpreendido com uma placa que, confesso, não gostei muito: “Aluga-se”. “Aluga-se”, como assim? O que houve com a lojinha do senhor de sorriso maroto que acreditava que os erros de português chamariam a atenção da clientela? A lojinha, com todas as suas peculiaridades históricas e ortográficas, entrará para as estatísticas do SEBRAE. Era quase um museu. A tentativa foi válida ao inventar um nome mirabolante para uma casa que vendia objetos antigos.
Infelizmente não saberei se os erros de grafia naquelas placas eram de propósito ou se tratava apenas de erros inocentes de um senhor que mal concluíra o curso primário.

sexta-feira, 18 de maio de 2012

6x13 - Por que tão cruel?

Temporada 6, episódio 13 – Por que tão cruel?

Muitas vezes não paramos para pensar e valorizar no esforço que as pessoas fazem para te animar e arrancar um sorriso. Uma piada, uma historia real engraçada, caretas... Estamos tão rodeados de nossos problemas e conflitos que acabamos não percebendo que a nossa cara fechada poderia ser facilmente quebrada se simplesmente deixarmos.
Está certo: ficar de cara amarrada é um direito de todo mundo. Todos têm momentos em que se é testado a paciência ou que se fica magoado com alguém. Não seria egoísta de nossa parte acreditar que também não podemos magoar as pessoas? Não que não seria egoísta achar que somos os únicos seres dotados de sentimentos nesse Universo? Será que as outras pessoas, na preferência da harmonia, não abdicam de algumas coisas, não relevam situações. Por que ser tão cruel com as pessoas que nos rodeiam?
Lidar com sentimentos não é fácil, tão pouco lidar com pessoas cujas variações sentimentais são extremamente visíveis. Por que ser tão cruel com pessoas que aceitam isso tudo, em troca de harmonia?
Você não é a única pessoa que batalha nesse mundo. Você não é a única pessoa que se frustra nesse mundo. Você não é a única pessoa que se magoa. Você também não é a única pessoa que sofre sem motivos. Todos batalham, se frustram, se magoam e sofrem sem motivo. Por que ser tão cruel com a gente mesmo?
Todos precisam de apenas um motivo para inverter sua polaridade. Por que se é cruel com pessoas, sem ao menos dar o devido direito de resposta?


“Você, apontou minhas falhas novamente.
Como se eu já não as visse
Eu caminho com minha cabeça baixa
Tentando me proteger porque eu nunca vou impressionar você
Eu só quero me sentir bem de novo.

Eu aposto que você foi intimidado,
Alguém te fez ser tão frio
Mas o ciclo termina agora
Você não pode me levar por esse caminho,
Você não sabe, o que você não sabe

Algum dia, eu vou viver em uma grande e velha cidade
E você será simplesmente mau.
Algum dia, eu serei grande o suficiente para você não me atingir
E você será simplesmente mau.
Por que você tem que ser tão mau?”

quinta-feira, 29 de março de 2012

6x12 - A trollagem divina, parte I

Temporada 6, episódio 12 -  A trollagem divina, parte I

Se Deus de fato existe, na última semana de janeiro se comprovou: sim, Ele existe e definitivamente não gosta muito de mim e nem de minha amiga Jéssica. Todas as coisas que puderam dar errado deram errada na semana da mudança. Assumindo a possibilidade de que deus exista, a sua grande preocupação da semana, no mínimo, era “em como atrapalhar a mudança daqueles dois”.
Tentando impedir a mudança minha e da Jéssica, Deus chegou dando o impacto do valor alto da taxa de condomínio. Com um valor bem acima do que havíamos planejado só me recordo de ver a Jéssica balançando a cabeça, afirmando, e eu concordando. Afinal, ela queria sair de sua cidade e eu conquistar minha liberdade, isso era o que nos interessava.
Certos do apartamento, a Jéssica já estava arquitetando tudo com o seu pai para a mudança: o domingo seria o dia perfeito! Não contente com isso, Deus então lançou a tormenta da mudança. Se mudar para um condomínio assim não poderia ser tão fácil! Ele, no alto de sua bondade, pensou: “irei fazer com que aqueles dois corram como nunca correram na vida! Mudar-se no domingo é proibido, assim como depois do meio dia de sábado. E não só isso: para complicar tudo, eles devem ir até a administradora de condomínio pagar uma taxa, agendar a data da mudança, falar com a guarda municipal e reservar a vaga do caminhão no estacionamento para sábado de manhã”. E assim foi! Os dois ratinhos foram lançados no labirinto de Deus e correram de um lado para o outro. O sistema da imobiliária havia “caído” (humpf, caído... sei), a Prefeitura não sabia o que era esse “trancar a rua para a mudança” e o calor estava infernal.
Entregar-nos? Jamais! A moça da imobiliária nos mandou o boleto por e-mail, duas guardas “azuis” e um guarda municipal nos indicaram onde deveríamos ir e o que pedir. Combinamos os horários e superamos o desafio imposto por Ele. Pelo menos por enquanto.

(...continua...)

quarta-feira, 21 de março de 2012

6x11 - Enfim, adulto

Temporada 6, episódio 11 - Enfim, adulto

Depois de uma semana totalmente atípica, cheguei a uma conclusão que estava evitando há muito tempo: minha adolescência finalmente acabou. Um emprego consideravelmente bom em relação à boa parte da população, formado na faculdade e morando fora da casa dos meus pais.
Para quem conhece minha trajetória sabe do meu belo currículo juvenil. Dedicado à uma adolescência voltada para os estudos, trabalho e a religião, minha fase de “curtição” passou muito batida. Tendo que trabalhar aos 14 anos e complementando o meu tempo semanal aos estudos, senti na pele a correria de “não ter temo para nada”. O que muita gurizada reclamada hoje, de trabalhar e estudar simultaneamente, eu sempre emendo: fiz a mesma coisa mais jovem do que você, era o cara que tirava uma das (quando não era a) notas mais altas das turmas e ainda sobrava um tempo no final de semana dedicado à cursos de formação profissional, aulas de catequese e grupo de jovens da Igreja Católica. Sim, já fui um santo! Sempre tive que pagar os meus estudos, inclusive a universidade, quando ingressei em 2002. Era muita responsabilidade para uma criatura de 17 anos, porém ciente do que estava acontecendo e do caminho que deveria ser seguido. Não é questão de se fazer de vítima, é apenas uma abordagem de que todos possuem uma história e que chegar onde está não é mero acaso ou sorte.
Mesmo tendo pequenos compromissos, sempre me senti um “gurizão” ou um eterno adolescente, que estudava, vivia com pouco dinheiro, trabalhava e saía para a balada no sábado. Longe de meus pensamentos a ideia de crescer e virar adulto. O “Complexo de Peter Pan” era algo visível e toda e qualquer atitude que me fizesse parecer mais jovem era tomada: corte de cabelo mais jovem, barba sempre feita humor lá em cima e cheio de planos. Nunca quis crescer e me tornar adulto – talvez por medo ou comodismo.
Em uma tarde de sexta-feira, passando (sofrendo com) uma de minhas camisas sociais eu pensei: poxa André, finalmente você cresceu. Está lavando e passando as suas roupas e preparando o seu almoço. Mesmo que dividindo a moradia com uma grande amiga – o qual arrisco a dizer que não poderia ter escolhido alguém tão boa quanto ela – o orgulho daquele momento, em que finalmente assumi meus primeiros cabelos e fios de barba brancos foi ímpar! Um pequeno passo para a sociedade, mas um enorme para um simples homem. Finalmente sou um adulto.
Quem sabe esse é o dilema de muitos jovens que possuem certo medo em sair da fase adolescente e assumir a maturidade adulta. Acredito que muitos dos trintões e quarentões que ainda se agarram na saia da mãe o fazem por insegurança e medo da vida adulta. Até compreendo, pois tive o mesmo medo por muitos anos até dar esse passo.
Tornar-se adulto, responsável, ciente, seguro de seus sentimentos, forte em suas convicções, com objetivos profissionais bem definidos, com preocupações financeiras. Mais cedo ou mais tarde todos acabam sendo consumidos por isso, seja por vontade própria ou pela força ingrata da natureza. Quanto mais se tardar, pior: ninguém é eterno!